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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Amor cativo

Disse certa vez, uma querida amiga:
- Não te entregues demais ao que não houver retorno.
É quase sempre um engano...
E tua entrega desenfreada e bondosa será para o outro como um suborno:
Pedirás o que não deverás ser pedido... Ainda que não percebas.
Se há amor, há entrega. Se há entrega, então recebas.
Se receberes, devolves também.
O amor não deve ser exigido e a rotina não o enfada.
Se o outro esquecer, não o queira lembrar.
Dói em ti a lembrança forçada, imagina que o outro o mesmo sentirá.
Seja dele um amigo a sempre confiar...
Mas se ele não te tem confiança, então te afasta já:
Confiança promove a entrega, entrega aumenta o amor...
Um amor que não progride... Não pode ser tido como amor.
Todo fogo se extingue depois de muito arder.
Toda razão exarcebada é sinal de um falso querer...
Se for verdadeiro, não se controla (com a razão) o sentir...
Ele existe independente de que se queira existir.
Em solos áridos o amor não brota e muito menos cresce:
Uma alma fria não percebe a vinda do amor;
Suas portas estão sempre fechadas em torno da sua dor.
Um solo infértil não produz...
Tudo que se planta nele morre.
Irriga tua alma, prepara-te então...
Não apresses tua cura, deixes livre seu coração.
Cativas-me apenas, deixe-se também cativar...
Quem cativa e se permite, o amor talvez faça durar.
Luanna Alves ( Lua)
Playing the Love - Ennio Morricone:
(Cena retirada do filme A lenda do Pianista do mar)

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